Diferença Physalis - Peruviana e Angulata

Duas espécies com valor nutricional e econômico vem sendo incorporadas ao plantio de pequenos frutos, a Physalis peruviana e a Physalis angulata, esta última pouco conhecida e estudada conforme recente revisão bibliográfica. Nativas da América do Sul são encontradas comumente no Brasil, apresentando ampla adaptação ecológica. Physalis é um fruto exótico, e a ele são atribuídas inúmeras propriedades nutricionais e medicinais. As espécies diferem entre si no tamanho do fruto e coloração, a Physalis peruviana apresenta diâmetro médio de 2,0 cm e coloração alaranjada, já a Physalis angulata apresenta diâmetro menor com média de 1,2 cm e coloração amarela aroxeada quando maduras. Ambas espécies são climatéricas do tipo baga carnosa, fisicamente sustentadas e envolvidas por um cálice com sépalas que as protege de patógenos, insetos e condições ambientais adversas. O trabalho teve por objetivo definir as características físico-químicas da espécie Physalis angulata in natura e separadamente seu cálice. Quanto à acidez total titulável a Physalis angulata apresentou valor de 0,6 g de ácido cítrico/100g, inferior a média relatada para Physalis peruviana de 1,62 g de ácido cítrico/100g. Esse comportamento também foi observado para o ácido ascórbico ou vitamina C, sendo para Physalis angulata o teor de 26,17 mg/100g e o citado para Physalis peruviana 102,68 mg/100g. Com relação aos sólidos solúveis totais o valor obtido foi de 12,2°Brix quando o relatado para Physalis peruviana é de14,7°Brix. A relação entre acidez total titulável e sólidos solúveis, denomina-se ratio, valores de ratio superiores a 15 são utilizados como um indicativo de maior aceitação quanto ao sabor dos frutos. Para Physalis angulata o valor de 20,3, superior ao ratio calculado para a peruviana de 9,1 indica uma fruta mais adocicada. Os baixos teores de proteína e lipídeos de 1,53 e 0,30 g/100g para a Physalis angulata não diferiram dos valores médios normalmente relatados para frutos em geral, bem como para a espécie Physalis peruviana. Para o cálice a composição físico-química resultou nos teores de 53,76 g/100g, 3,63 g/100g, 8,51 g/100g, 3,54 g/100g, 5,71 g/100g, respectivamente para umidade, proteína, fibra-bruta, cinzas e lipídeos, assim comparativamente ao fruto o cálice apresenta maior teor de proteínas e lipídeos. 
http://www.siepe.ufpr.br/cd_4_siepe/evinci/0517.html